sábado, 20 de setembro de 2008

O verdadeiro e o falso

REFLEXONS DO COMANDANTE FIDEL CASTRO
O verdadeiro e o falso

As agências de notícias informam que Chávez visitará Cuba amanhám, domingo, como parte de umha turné pola China, Rússia, Belarus, França e Portugal.


Soubem disso ontem, através de Venezuelana de Televisom: assinava acordos de investimento energético em Caracas com importantes homens de negócios de empresas do Japom, Rússia, Malásia, Itália, Argentina, Estados Unidos, Catar e Portugal. O propósito é extrair gás de umha das reservas localizadas sob a superfície de 500 mil quilômetros quadrados em águas jurisdicionais.


As empresas serám
60% de propriedade venezuelana, e o investimento se elevará a 19 bilhons de dólares apenas nesse sector. O mundo está ansioso e ávido de energia fóssil.

Chama atençom essa actividade na República Bolivariana da Venezuela, quando os Estados Unidos estám em meio a umha dramática crise financeira, que os obriga a injectarem nos bancos centenas de bilhons de dólares para evitar a debacle. Investimentos como esses se figerom ao longo do último ano, sem que ninguém saiba qual será o último. As acçons na bolsa incrementam temporariamente o valor, Wall Street e os bancos centrais do mundo respiram, até que o oxigênio da aqualom se esgote e seja preciso fazer novamente a operaçom.


A Venezuela é, sem dúvida, o país mais solidário com Cuba depois do açoite dos destruidores furacons. O seu presidente nom hesitou um instante em oferecer, em nome do seu país, toda a ajuda possível depois que o Gustav atingiu e devastou Pinar del Río e a Ilha da Juventude. O recorde das rajadas de 340 quilômetros por hora, as imagens de destruiçom e o prodigioso facto de nom se ter perdido umha só vida, o impressionarom, e ofereceu todo o que figesse falta em solidariedade a Cuba, apoio financeiro, e inclusive, terras venezuelanas para produzir alimentos em áreas disponíveis nom atingidas por ciclones.


A Venezuela foi o primeiro, mas nom o único país solidário de umha longa lista que foi seguida depois, com acçons de grande importáncia da Rússia, Angola, Vietnám, China e outros, grandes e pequenos, com mais e menos recursos, que ofereceram empréstimos financeiros e créditos brandos que ultrapassam a cifra de 1 bilhom de dólares, além de doaçons em dinheiro, alimentos e recursos que chegavam por qualquer via como expressom do desejo de ajudar o nosso heróico e solidário país.


A hipócrita oferta do governo dos Estados Unidos foi rejeitada. Recebeu a resposta que merecia. Nom hesitei em expressar o meu ponto de vista. Os oposicionistas dentro e fora de Cuba cacarejarom por causa da medida. Almejavam que representássemos o vergonhoso papel de pedintes. Mas esse combate nom acabou, apenas começa.


Um telex da EFE informa: "O governo dos Estados Unidos deu umha licença ao Movimento Democracia, um grupo de exilados cubanos em Miami, para enviar diretamente ajuda às vítimas dos furacáns Gustav e Ike em Cuba".


Mais em diante o telex acrescenta: "A influente Fundaçom Nacional Cubano-Americana tem umha licença outorgada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos que lhe permite enviar directamente as remessas dos parentes cubanos as suas famílias na Ilha".


"A ajuda será entregue às vítimas dos furacáns, inclusive, os dissidentes que, segundo os activistas, nom estám recebendo muita assistência e som marginalizados polo governo cubano."


Em Cuba nengum cidadám é discriminado. Todos recebem gratuitamente serviços de saúde, alguns dos quais, nos hospitais dos Estados Unidos, custariam milhares e, às vezes, dezenas de milhares de dólares; bem como serviços de educaçom superior aos jovens, tenham ou nom parentes no exterior, que nesse país custariam centenas de milhares nessa mesma moeda.


Os que recebem as remessas de dinheiro dos Estados Unidos, depois de pagarem o imposto correspondente, podem comprar as cotas normais a um preço mínimo e também adquirir produtos nas lojas em divisas, que hoje oferecem mercadorias, cujos custos no exterior aumentarom consideravelmente.


Qualquer produto procedente dos Estados Unidos que chegar a nosso país com fins contra-revolucionários deve ser devolvido ou ser confiscado.


Na Venezuela trabalham quase quarenta mil cubanos altamente qualificados, que prestam os seus nobres serviços ao povo bolivariano, inclusive, na formaçom de especialistas comunitários e instrutores desportivos. Nom abandonarom a sua Pátria; trabalham no exterior polo bem-estar dos cubanos, e os seus frutos chegam a todos, desde as crianças até os cidadáns mais idosos. Além disso, neste momento, fam contribuiçons dos seus salários, com os que serám comprados artigos produzidos na Venezuela que serám distribuídos entre os mais necessitados de qualquer província. É um verdadeiro exemplo de como devem ser utilizados os recursos na nossa sociedade.


Chávez é um incansável apregoador das idéias mais avançadas da sua época na Venezuela, encarando quase todos os instrumentos mediáticos nas mans da oligarquia pró-ianque, que tentam enganar e confundir o povo. A gente pensa que um dia vai descansar, até que descobre que o seu descanso será o túmulo.


O encontro com o presidente bolivariano amanhám será breve. O tempo indispensável para o diálogo: umha hora aproximadamente. Será umha grande honra para mim.


Som factos que assinalam a infinita diferença entre o verdadeiro e o falso.


Fidel Castro Ruz

20 de Setembro de 2008

15h20